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Estadão - Reformas são fundamentais para o setor de contact center



O mercado de contact center é um dos que mais gera empregos no Brasil. Segundo as estimativas mais recentes, cerca de 700 mil pessoas trabalham em empresas do setor. Um mercado que apesar da crise econômica deve crescer mais de 3% em 2017, registrando um faturamento total superior a R$ 50 bilhões.


E o futuro promissor dessa atividade está diretamente ligado à aprovação do projeto de lei que regulamenta os contratos de terceirização para todas as atividades e da reforma trabalhista. A chamada Lei da Terceirização, por exemplo, assim que aprovada pelo Senado e sancionada pelo Presidente da República, contribuirá decisivamente para impulsionar esse mercado e normatizar as relações entre empresas e funcionários, hoje pautadas a partir das súmulas dos Tribunais do Trabalho, levando segurança jurídica à toda cadeia produtiva.


A atual instabilidade política das últimas semanas, iniciada a partir das recentes denúncias dos diretores da JBS, e uma eventual troca do ocupante do Palácio do Planalto não podem ser obstáculos para a aprovação das leis que o País precisa para crescer, criar novas vagas e expandir principalmente o setor de serviços, um dos que mais gera empregos para os brasileiros.


Vale ressaltar que são extremamente preocupantes as recentes cenas registradas nas sessões da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, com seguidas ações de obstrução promovidas por integrantes dos partidos de oposição. Além de não contribuir com o debate democrático, fundamental em uma discussão dessa importância, tais ações contribuem para o crescimento na população de uma sensação negativa, gerando ainda mais desconfiança sobre o poder legislativo no Brasil e, consequentemente, sobre os parlamentares legitimamente eleitos pelo povo brasileiro.


É importante registrar que a contratação de terceirizados é amplamente utilizada em todo o mundo mas até agora o Brasil se mantinha fora desse mapa e é urgente que se adapte ao novo cenário, pelo bem da economia. É fundamental definir regras claras para que o ambiente de trabalho no País fique mais seguro para partes envolvidas, possibilitando novos investimentos, a abertura de mais empresas e a criação de milhares de postos de trabalho.


E o setor de contact center estará entre os mais beneficiados pelo fato de muitas empresas não seguirem os padrões tradicionais e atuarem de forma terceirizada. Até o momento, algumas empresas apresentavam cenário indefinido, gerando confusão entre o que era atividade meio e o que era atividade fim. A expectativa é que a partir de um trabalho abrangente de recursos humanos seja possível valorizar talentos, motivar equipes e reduzir as altas taxas de turnover registradas nesse mercado.


Já a reforma trabalhista é necessária para modernizar uma lei da época do presidente Getúlio Vargas, que há muito tempo não está mais em sintonia com a dinâmica do mundo atual. É fundamental acompanhar a evolução nas relações de trabalho, limitar os poderes dos sindicatos, desonerar os custos dos empregadores e coibir a indústria das RTs. São barreiras que, de um modo ou de outro, têm contribuido para limitar o crescimento das empresas e prejudicar a retomada das contratações e a melhora do mercado de trabalho. A flexibilização é necessária e urgente pelo bem de empresas e funcionários, reduzindo instabilidade e gerando segurança jurídica. Ainda mais porque, nos últimos anos, a justiça do trabalho já vinha chancelando acordos e negociações que, no entanto, não contavam com o amparo de uma lei.


Nos Estados Unidos e na Europa imperam os contratos bilaterais, onde são respeitadas as vontades das partes ao mesmo tempo que são resguardados os direitos dos trabalhadores. Somente assim será possível reduzir as altas taxas de desemprego atualmente registradas no Brasil. E é a partir da análise de nossas leis que os dirigentes de muitas empresas estrangeiras têm pensado muito antes de investir no Brasil.


Assim, é imprescindível que nesse momento os deputados e senadores tenham foco e contribuam para fomentar a geração de empregos em um País com mais de 14 milhões de desempregados, tanto no setor de contact center, quanto em outros segmentos da indústria e do comércio.

*Leonardo Coimbra é advogado e CEO do Grupo Cercred


Fonte: https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/reformas-sao-fundamentais-para-o-setor-de-contact-center/

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